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segunda-feira, 24 de maio de 2010

"On The Economic Of Plagiarism", por Alan Collins, Guy Judge e Neil Rickman



Uma das aulas que achei mais interessante neste semestre, foi passada a aprender como encontrar livros e informações na biblioteca da Católica. Para isso, a aula contou com a presença de um funcionário da biblioteca que nos explicou ao pormenor a melhor e mais rapida maneira de encontrar as informações para os nossos trabalhos, tanto através de livros, ou através de computadores, caso estejamos à procura de artigos ou publicações em revistas, etc. Até este dia não sabia que a nossa biblioteca era tão completa e muito menos sabia qual era o melhor modo de encontrar um livro, pois ainda não tinha percebido que a organização dos mesmos segue umas certas regras. Assim, o professor ensinou-nos como saber se um livro se encontra na biblioteca através do seu sítio na internet. De seguida, fizemos um exercício em grupo que consistia na resposta a algumas perguntas, recorrendo ao site.


Durante esta semana, o trabalho proposto foi o resumo do texto "On The Economic Of Plagiarism". Esse texto fala do aumento dos casos de plágio, principalmente entre estudantes universitários. Para encontrar este artigo, tivemos de recorrer ao que aprendemos na aula. Aqui está o meu resumo:



Resumo do artigo “On The Economic Of Plagiarism”

1. Introdução
O plágio pode envolver a transgressão dos direitos de propriedade intelectual em muitas áreas da vida. A BBC denunciou recentemente um caso entre o compositor belga Salvatore Acquaviva e a cantora Madonna. Ficou provado em tribunal que a letra da música “Frozen” da pop star era copiada de uma original do compositor, e que este teria sido vítima de plágio. Outro caso encontrado diz respeito ao plágio feito por funcionários UK Government Foreign e da Commonwealth num relatório sobre os riscos potenciais do terrorismo que o ex-regime iraquiano poderia trazer. Houve também casos de jornalistas que tiveram de se demitir depois de terem sido acusados de plágio. Tem sido objecto de uma análise detalhada o plágio de pesquisas académicas de carácter económico.
Quando um benefício financeiro directo vindo de certas práticas é identificável, torna-se válida a oportunidade de se procurar resolver a questão em tribunal. Quando esse acto é cometido por um funcionário público pode ser considerado que este não agiu de boa-fé. Quando se trata de violação dos regulamentos das universidades e intervenção legal posterior, pode até dar-se o caso em que a universidade é o arguido e o suposto plagiador é o queixoso, sendo que o ultimo pode alegar tem direito a uma compensação pelos seus estudos terem sido interrompidos e/ou que foi vítima de difamação.
São cada vez mais os casos de plágio registados nas instituições de ensino superior em todo o mundo. Uma recente pesquisa realizada no Reino Unido concluiu que um quarto dos inquiridos admite ter plagiado e 16% admite tê-lo feito mais do que uma vez.
Recentemente no Reino Unido, uma aluna de MBA foi expulsa da sua universidade assim que descobriram que tinha pago a uma empresa especializada para realizar o seu trabalho final de curso. Muitas universidades têm agora nos seus sítios na internet espaços onde se encontram informações acerca do plágio para alertar os estudantes.
Os custos desta actividade são grandes. Ao mesmo tempo que o plágio afecta a integridade dos graus académicos num mercado global, desvia escassos recursos académicos do ensino e actividades de pesquisa, para o acompanhamento e detecção de actividades. Assim, há uma significante relevância política, para além do interesse académico natural, abrindo o debate sobre este tema.
Uma visão alternativa pode ser que o plágio representa agora normas de comportamento muito mais aceites. No entanto, embora as técnicas de plágio não sejam novas, as mudanças tecnológicas e a evolução de mercado tornaram a sua prática menos demorada, mais barata e generalizada.



2. As mudanças na natureza do Ensino Superior e a motivação para plagiar
2.1. Os bons velhos tempos?
Antes do uso generalizado da internet, o plágio consistia na transcrição das informações que as fontes continham e posterior integração das mesmas, de modo a criar algo coerente e sem semelhanças com o original. Uma vez que este método ainda requer o uso de algum pensamento analítico importante para sintetizar um bom trabalho, podia acontecer que esse esforço para tornar esse mesmo trabalho num “não-plagiado” não seria muito bom. Desta forma, poder-se-ia argumentar que o estado da tecnologia veio de alguma forma inibir a extensão do plágio. Além disso, antes do uso generalizado da internet no ensino universitário, havia uma maior proporção de alunos interessados. Esses alunos tinham menos necessidade de recorrer ao plágio e tinham mais interesse nos códigos de honra da universidade ou nos costumes sociais associados à presença na sua comunidade.



2.2 Mudar os códigos de honra académicos?
Há um crescente corpo de trabalho que fornece análises económicas sobre até que ponto os indíviduos estão dispostos a seguir os seus costumes, como os códigos de honra académicos. Segundo Gifford, esses códigos não se desgastam com o uso, mas são reforçados pela sua utilização crescente. Contudo, também são destruídos ou diminuídos pelo seu mau uso, ou por não serem usados tanto quanto seria possível.
Outro factor que poderá ter contribuído para a mudança de atitudes entre os estudantes é o crescente sentimento de corporativismo universitário. Isto remete para um processo em que os académicos são vistos como trabalhadores, e os estudantes são vistos como clientes que pretendem comprar um diploma que está sujeito a uma avaliação de qualidade de uma forma semelhante à compra de qualquer outro bem.




2.3. Motivações alternativas para o plágio?
Para alguns indivíduos, a participação em actividades que envolvem o plágio pode simplesmente surgir quando o comportamento “enganoso” é um traço de personalidade intrínseco. No entanto, também se defende que os individuos recorrem ao plágio para realizarem um trabalho sem necessidade de tanto esforço e sem perder tanto tempo. O crescimento dramático de estudantes estrangeiros a plagiar trabalhos é considerado compreensível uma vez que muitos deles, além de terem um trabalho extra curricular, ainda se deparam com a dificuldade de adaptação à língua e aos novos métodos de estudo. Há também alguns estudantes que não se consideram capazes de realizar os seus trabalhos finais, e recorrem ao plágio para conseguirem estar ao nível dos seus colegas e entrar para o mercado de trabalho. Ainda assim, muitos estudantes envolvidos num estudo realizado no Reino Unido, responderam que era mais fácil plagiar do que realizar o trabalho de raiz, e que isso era mais uma motivação para plagiar.


5. Observações finais e futuras questões de investigação empírica
Este artigo apresenta alguns modelos de decisão do estudante sobre plagiar ou não, lança alguns temas de discussão e contribui para desencadear uma intervenção económica no debate sobre a natureza e a escala do plágio. Pretende também encontrar políticas que o combatam. Este artigo pode também proporcionar uma avaliação empírica dos custos do plágio para a economia, e conclui que há ainda um grande caminho a percorrer para encontrar formas de combater o plágio.

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